quarta-feira, 6 de junho de 2012

O Dia do Curinga



Um dos motivos que me fez criar esse blog foi o fato que além de ser viciada em leitura, eu também adoro conversar sobre o que leio. Quando a gente encontra alguém com um gosto parecido é ainda melhor, pois sempre acabamos descobrindo que já lemos um mesmo livro e, por muitas vezes, saímos com alguns "pra ler".

Já comentei por aqui sobre uma conversa que tive e que me fez lembrar de um livro que queria muito ler - mais alguém tem o costume de quer ler um livro e, se não anotar, esquecer? Acho que quero ler tanta coisa que acabo me perdendo.

Só que dessa conversa também saiu a recomendação de um outro livro: "O Dia do Curinga", seguida da clássica frase "Você vai gostar!"

E gostei!

Eu já tinha ouvido falar - e me interessado em ler. Mais um da lista que eu queria ler e tinha esquecido - no "O Mundo de Sofia" e quando soube que era do mesmo autor, comprei logo a caixinha que vem com 4 livros do mesmo autor - ô vício!

O Dia do Curinga é a história de um menino e seu pai em busca da mãe e esposa que, há muito tempo, havia deixado sua família com o objetivo de encontrar a si mesma. E mais uma outra história, dentro dessa história, que tem uma outra história dentro, que tinha uma outra que ... confesso ... às vezes eu esquecia qual história de quem estava lendo.

Posso dizer que adorei do livro logo nas primeiras páginas?

A narrativa é simplesmente deliciosa! Toda a história é narrada em primeira pessoa. Através da perspectiva de um menino de 12 anos Jostein Gaarder nos dá umas modestas aulas de história e, o que mais me conquistou, nos faz pensar filosofar ... sobre a vida, sobre a nossa existência - Seríamos seres artificiais? - e fecha o livro nos deixando um novo questionamento sobre a própria história - ou seria sobre a história dentro da história?.

Gostei tanto do estilo do autor que emendei com "A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken" só porque o resumo me agradou, e já garanto que o livro também - mesmo estando a algumas páginas de fechá-lo.

RECOMENDO!!!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Homem Invisível



Mais uma obra de H. G. Wells pra minha estante de livros lidos.

Agora pra fechar a listinha de prioridades do autor, só falta "A Ilha do Doutor Monreau".
Quem nunca sonhou em ficar invisível? Aprontar algumas sem que ninguém veja? Seria possível? Lembro de ter lido em algum lugar que a invisibilidade seria possível, mas que o processo para se tornar invisível exigiria tantas mudanças celulares que a pessoa perderia a forma humana - que medo!.

Nesse livro um jovem cientista descobre a um procedimento capaz de tornar objetos (e seres vivos) invisíveis. E, como era de se esperar, ele realiza a experiência nele próprio, mas acaba concluindo que ser invisível pode não ser tão vantajoso.

A dinâmica do livro é excelente! A história já começa com o Homem Invisível a beira da insanidade. Somente alguns capítulos mais tarde a história é contade e ficamos sabendo como o cientista teve a idéia, formulou a teoria e botou ela em prática! Aos poucos percebemos como um cientista brilhante acabou se transformando num maníaco homicida.

Para quem cresceu com a invisibilidade sendo abordada como algo legal, um poder digno de super-heróis, ler uma abordagem dos aspectos negativos é bem interessante ... afinal, nós ficaríamos invisíveis, mas não intangíveis e até mesmo uma simples chuva poderia nos revelar! Mas, como sempre, meu aspecto favorito é a abordagem da mente humana e perceber que, aos olhos de H. G. Wella, nem mesmo uma mente brilhante  seria capaz de lidar com um 'poder' (ou devo dizer maldição?) como esse.