domingo, 28 de julho de 2013

Atualizando a pilha...


Depois da FLIP ... esse post precisava ser atualizado!


Livros "na fila" em ordem alfabética:

A Arte da Guerra - Sun Tzu
A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken - Jostein Gaarder
A Cabana - William Young
A Coisa - Stephen King
A Foulie Baudelaire - Roberto Calasso
A Ilha do Dr. Moreau - H. G. Wells
A Morte do Pai - Karl Ove Knausgård
A Torre Negra (Coleção de 7 livros) - Stephen King
A Volta ao Mundo em 80 dias - Julio Verne
Acima de Qualquer Suspeita - Scott Turow
Alice No País das Maravilhas e Através do Espelho - Lewis Carroll
Apocalipse Zumbi - Alexandre Callari
As Brumas de Avalon (4 livros) - Marion Zimmer Bradley
As Intermitências da Morte - Jose Saramago
Barba Ensopada de Sangue - Daniel Galera
Buick 8 - Stephen King
Cavernas de Aço - Isaac Asimov
Contos de Vampiros - Varios autores
Contos dos Irmãos Grimm
Crianças Índigo - Ingrid Canete
De Amor e Maldade - Anne Rice
Deixa ela entrar - John Ajvide Lindovist
Drácula - Bram Stoker
Eu Robô - Isaac Asimov
Frankenstein - Mary Shelley
Fundação e Terra - Isaac Asimov
Guia do Pão Duro - Gustavo Nagib
Habitante Irreal - Paulo Scott
HHhH - Laurent Binet
Irmã Morte - Justo Navarro
Ithaca Road - Paulo Scott
Limites da Fundação - Isaac Asimov
Livro das Mil e Uma Noites, Volume 4
Love - Stephen King
Luz Antiga - John Banville
MSP Novos 50 - Diversos
Navegando nas Letras I e II - Mauricio de Sousa
Nosso Grão Mais Fino - José Luiz Passos
O Castelo nos Pirineus - Jostein Gaarder
O Dia do Curinga - Jostein Gaarder
O Diário da Princesa - Meg Cabot
O Diário de Bridget Jones - Helen Fielding
O Diário de John Winchester - Alex Irvine
O Encantador - Lila Azam Zanganeh
O Grande Livro das Histórias de Fastasmas - Diversos
O Homem Invisível - H. G. Wells
O Inocente - Scott Turow
O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder
O Médico e o Monstro - Robert Louis Stevenson
O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Especiais - Ransom Riggs
O Príncipe - Maquiavel
O Sonâmbulo Amador - José Luiz Passos
O Visconde Partido ao Meio - Italo Calvino
Onde Estivestes de Noite - Clarice Lispector
Prelúdio a Fundação - Isaac Asimov
Se Eu Fechar os Olhos Agora - Edney Silvestre
Se Eu Não Me Chamasse Raimundo - Ricardo Filho
Tempo dos Anjos - Anne Rice
Tipos de Perturbação - Lydia Davis
Todo Aquele Jazz - Geoff Dyer
Trilogia Fundação - Isaac Asimov
Um Estudo Em Vermelho - Arthur Conan Doyle
Um Sábado Qualquer - Carlos Ruas
Valente (3 livros) - Vitor Cafaggi
Vanguardas em Retrocesso - Sergio Miceli
Viagem ao Centro da Terra - Julio Verne

51 livros na pilha e contando ...

FLIP 2013 - Considerações finais e futuras...



Uns 3 dias após voltar de viagem um amigo publicou uma imagem no Facebook que perguntava "Quando foi a última vez que você fez uma coisa pela primeira vez?" Eu sorri e relembrei toda a viagem ... "Semana passada!", disse comigo mesma ...

Um mundo de primeira vez!

Decidi que precisava viajar nas minhas férias, lembrei da FLIP, conferi o calendário, fiz reservas, compartilhei a notícia com os amigos, e, como todas as minhas atitudes impulsivas, se quer pensei em convidar alguém!

Não tenho idéia de há quanto tempo tenho vontade de ir a FLIP, mas um post antigo aqui do blog me dá uma noção que tem pelo menos 5 anos! Tudo planejado ... só me restava esperar! Ansiedade 1.000!

Toda a viagem foi maravilhosa ... O Hostel - com café da manhã na praia, sim! Eu lembrarei eternamente das manhãs tomando café na praia! - onde tive a oportunidade de fazer novas amizades e constatar que viajar sozinha, não significa curtir a viagem sozinha!



As tendas que estavam 'logo ali' do lado do Hostel ...


A transmissão de excelente qualidade na Tenda do Telão ...


As pessoas! Não importava onde você estava, se na fila pra jantar ou na área comum do hostel tomando uma cerveja ... só se falava da FLIP! Das mesas ... dos autores ... desde os comentários mais simples como ótimo português de Lila com sotaque francês até os debates mais profundos como os que rolaram sobre a mesa de Kafka e Baudelaire. Estar passeando pelas ruas do Centro Histórico e esbarrar com um autor numa esquina, um diretor na outra esquina ... andando tranquilamente no meio da multidão.


As programações paralelas que ajudam a encher ainda mais a nossa agenda ... A Flipinha que dominava toda a Praça da Matriz numa grande festa para as crianças que seguia até o cair da noite!



Uma ação do Itaú que fez sucesso! Era só postar uma foto com a hastag #IssoMudaOMundo e depois retirar sua foto impressa (eu trouxe 2 pra casa).


E no último dia de festa ... uma simples foto!


Que me fez voltar pra casa 15 livros mais pesada!!! E ainda mais feliz!!!


E agora??? Bem ... agora me resta esperar o calendário da FLIP 2014 pra programar as férias do ano que vem!!!

Definitivamente a FLIP já virou férias certas no meu calendário!!!

Nota: O livro do Laurent Binet veio na caixa! Mas o do Jérôme Ferrari eu terei de comprar num futuro não muito distante ...

FLIP 2013 - Mesa 17: Tragédias no microscópio


E como tudo que é bom dura pouco ... chegou o último dia de FLIP. A parte da manhã foi reservada para me despedir das novas amigas que ainda permaneciam em Paraty! E a tarde seria bastante puxada ... 2 mesas praticamente seguidas!

"Dois jovens e premiados escritores, o brasileiro Daniel Galera e o francês Jérôme Ferrari conversam nesta mesa sobre seus livros mais recentes, Barba ensopada de sangue e O sermão sobre a queda de Roma. Com registros e cenários distintos, ambos os livros se aproximam, no entanto, numa inesperada atualização de temas ligados à tragédia clássica, como o conflito entre ação humana e predestinação. Combinando memórias de família com enredos passados em pequenas destinações turísticas, Galera e Ferrari se voltam sobre cenários idílicos apenas para revelar conflitos latentes sob sua aparente harmonia."


Os romances que trazem ao debate foram O sermão sobre a queda de Roma, de Jérome Ferrari que narra a história de dois amigos, que se mudam para a Córsega, onde gerenciam um bar; e Barba ensopada de sangue, de Daniela Galera, que conta a história de um homem que viaja em busca da verdade por trás da morte de seu avô.

Para Jérome a tragédia de sua história está no próprio personagem que, ao invés de viver o momento, de aceitar a pessoa que ele é, ele vive sempre em torno do que ele gostaria de ser e isso acaba por torná-lo uma pessoa infeliz e bastante sofredora. Já o personagem de galera vive o sempre o momento presente, porém ele possui uma doença neurológica que faz com que ele não se lembre dos rostos das pessoas o que faz com que ele passe por algumas situações "interessantes" durante sua busca pelo que aconteceu com seu avô.

Achei o Jérome um pouco tímido, quase não falou ... o Daniel, pelo contrário, estava bem mais a vontade.

Depois desse debate não teve jeito ... o 'bichinho leitor' atacou de vez e lá fui eu me enfiar no stand da Travessa pra comprar Barba ensopada de sangue e encarar a fila quilométrica para pegar o autógrafo do Galera.

Ser uma viciada em leitura não seria tão grave se eu também não fosse uma compradora compulsiva de livros! A pilha de livros que me espera aqui em casa não foi suficiente para me impedir de comprar o livro do Galera, mas conseguiu me conter em comprar o do Jérome ... infelizmente! No dia O sermão sobre a queda de Roma não parecia estar muito de acordo com meu humor atual para leituras ... mas hoje ... escrevendo esse post ... sinto que perdi a oportunidade de ter um exemplar autografado na minha pilha estante!

E, como já virou padrão nos posts sobre a FLIP, segue o vídeo oficial com um trechinho da mesa.


Infelizmente não farei um post sobre a Mesa 18: Literatura e revolução, pois ela iniciava cerca de 1h após o término da Mesa 17 e eu levei apenas 1,5h para conseguir o autógrafo do Galera. Então cheguei na Tenda do Telão atrasada e peguei o debate começado. Estava só com o café da manhã no estômago, às 15h e quem me conhece sabe que quando estou com fome a minha atenção fica igual a de um peixinho dourado, então não vou confiar na minha memória para escrever um post, mas deixo pra quem interessar o link com vídeo oficial da Mesa (fica só o link pois, por alguma razão, o canal da FLIP desativou a incorporação desse vídeo)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

FLIP 2013 - Mesa 13: O Espelho da História


Depois da programação paralela lá na Casa da Cultura, atravessar a ponte rapidinho pra não perder nenhum minuto da Mesa 13: O Espelho da História.

Na programação oficial da FLIP:
"O bósnio radicano nos EUA Aleksandar Hemon e o francês Laurent Binet conversam sobre uma questão comum à obra de ambos: a reflexão sobre as implicações morais e os limites cognitivos da escrita do passado, e mais particularmente da transformação da história humana em matéria para a criação ficcional. Ao fazerem ficção sobre episódios históricos dramáticos, ambos colocam em discussão ao mesmo tempo sua própria atividade, desconstruindo ainda assim os modelos mais usuais de romance histórico."


E pra quem curtiu bastante uma mesa sobre 'ficção e realidade', nada melhor que uma rodada de 'realidade e ficção'. Os autores em questão falam um pouco sobre seus romances, Projeto Lazarus de Aleksandar Hemon que conta a história de um imigrante bósnio que se interessa pela história de Lazarus, um jovem de 19 anos que teria sido assassinado pela polícia por sua possível ligação com anarquistas. E HHhH de Laurent Binet que conta a história de um líder nazista durante a segunda guerra mundial. Embora as histórias sejam 'ficção', ambos são romances históricos e possuem uma grande pesquisa por parte dos autores.

Nessa mesa o argumento foi principalmente "porquê inventar um história completa, se já existem tantas histórias verdadeiras?" - questionou Binet.

Aleksandar comenta que os fatos aconteceram, há muita história que sabemos que aconteceu, não é invenção, porém também há muitas lacunas não preenchidas em que o autor só pode imaginar o que aconteceu ... por mais detalhadas que sejam as pesquisas do autor, um livro sobre um líder nazista - aponta Laurent - não lhe dará a idéia de como pensava um líder nazista, no máximo saberemos como o autor acredita que um nazista pensava.

E como o tema principal da mesa eram os acontecimentos históricos ... Laurent trouxe a tona os manifestos que estão acontecendo no Brasil e disse que queria muito "fazer parte de um manifesto, fazer parte dessa história", Aleksandar diz que ele não estaria disposto a "carregar cartazes, mas certamente adoraria presenciar um momento histórico tão importante". E Ángel encerrou o debate avisando aos autores que ele havia sido informado que haveria um manifesto em Paraty e ambos estavam convidados para fazerem parte dessa história.

Manifesto? Ixe! Um manifesto já tinha atrasado em quase 2h minha chegada a Paraty, será que também me faria perder a mesa no Centro Histórico?

E lá fui eu ... correndo pra cruzar novamente a ponte que a essa hora estava cheia de manifestantes ... uma espremida aqui outra ali e lá estava eu, rumo ao meu próximo compromisso! E dessa vez com mais uma mordida do bichinho leitor ... os livros dessa mesa pareciam bastante interessantes ... entrariam pra minha lista??? Provavelmente ... principalmente o 'tal livro' que se passa na segunda guerra mundial.

Segue um pequeno trecho dessa mesa excelente!


Brinde do post: Diário de Paraty, por Laurent Binet

Outros posts sobre a viagem:
FLIP 2013 - Parte I
FLIP 2013 - Parte II
FLIP 2013 - Parte III
FLIP 2013 - Mesa 8: Ficção e Confissão
FLIP 2013 - As paralelas de sábado!
FLIP 2013 - Mesa 13: O espelho da história
FLIP 2013 - Mesa 17: Tragédias no microscópio
FLIP 2013 - Considerações finais e futuras...

FLIP 2013 - As paralelas de sábado!


No meu segundo dia, depois de repetir a dose de tomar café da manhã na praia - já tava ficando mal acostumada -, foi dia de curtir um pouquinho mais a cidade ... e dessa vez já começando os trabalhos na Programação Paralela.

Partiu FlipZona na Casa Cultura?


Essa estava na agenda de uma das novas amigas que fiz nessa viagem maravilhosa! "Imagem e Palavra com Carla Caffe e Daniel Galera".


As publicações que os levaram até esse momento foram "Av. Paulista" de Carla Caffe, um livro com ilustrações de São Paulo e "Barba ensopada de sangue" de Daniel Galera, a história de um homem que busca descobrir a verdade por trás da morte de seu avô.

Destaque especial para os trajetos de ambos ... Carla Caffe que fez arquitetura porque gostava de desenhar, 'caiu' no cinema e retomou os desenhos e Daniel Galera que já havia publicado livros independentes e, durante uma FLIP, teve a oportunidade de publicar seus romances pela Cia da Letras.

Quem não conhece a FLIP deve imaginar que é bem menos tentadora para uma viciada em livro do que uma Bienal do Livro, por exemplo... Ledo engano! Se um amigo falando sobre um livro que leu já é de aguçar nosso 'bichinho leitor', imaginem um autor falando sobre sua obra?

Só nessa hora e meia eu já saí com o bichinho leitor querendo catar Barba Ensopada de Sangue ... mas eu não tinha tempo de cair em tentação porque a Mesa 13 estava prestes a começar ... felizmente deu tempo de assistir até o final, mas acabei perdendo a parte das perguntas aos autores.

Depois da Mesa 13 foi a vez de correr pro Centro Histórico ... no dia anterior eu já tinha definido minha programação de final de tarde do sábado: "Sentidos do Crime: Formas Literárias de Tratar o Crime na Literatura e TV" na Casa do autor roteirista.


Os participantes eram de peso:
Eromar Bomfim – Romancista, autor de “Coisas do Diabo Contra”.
Paulo Lins – Escritor e roteirista. Autor de “Cidade de Deus” e de “Suburbia”
Luiz Eduardo Soares – Antropólogo e escritor. Autor de “Elite da Tropa”
(mediador) Carlos Novaes – Cientista político

Local lotado!!! E já na fila eu ouvi algumas pessoas que não ligaram de perderem o ingresso para a Mesa 14 porque essa programação parecia bem mais interessante...


Ainda bem que consegui atravessar a ponte e chegar a tempo, o debate foi bastante interessante. Achei que depois de um tempo a discussão acabou mais tendenciosa para os problemas sociais do que para o "criminoso" em si. com direito até a questionamentos se deveria haver sistema de cotas também para artistas. E uma resposta maravilhosa do Paulo Lins que enfatizava que até deveriam haver cotas sim, mas que fosse para que os negros e pessoas de origem humilde publicassem sobre o que bem entendessem ... afinal, chega dessa mania que só mulher pode falar sobre coisas femininas, só pessoas socialmente excluídas podem falar de problemas sociais ... etc. A arte não tem cor, não tem classe social e deve continuar assim!

Genial!

Outros posts sobre a viagem:
FLIP 2013 - Parte I
FLIP 2013 - Parte II
FLIP 2013 - Parte III
FLIP 2013 - Mesa 8: Ficção e Confissão
FLIP 2013 - As paralelas de sábado!
FLIP 2013 - Mesa 13: O Espelho da História